Daqui a muitos anos, quando o tempo de todos nós houver passado, as gerações vindouras lembrar-se-ão das mulheres e homens que deram o melhor das suas vidas pelo comunismo. Mulheres e homens que, na maioria das vezes, teriam a noção de que nunca provariam o fruto maior da sua luta. Como numa corrida de estafetas, os explorados de todos os países têm, desde há centenas de anos, passado o testemunho. Quando um cai, outro levanta a sua bandeira. Por isso, a conquista de um será a conquista de todos.
Daqui a muitos anos, quando o tempo de todos nós houver passado, os que chegarem à meta lembrar-se-ão de todos os estafetas. E o António Dias Lourenço será um deles. Porque até os mortos vão ao nosso lado.