domingo, 14 de fevereiro de 2010

Debate sobre o País Basco

Ainda só vamos no segundo mês do ano e já foram detidos dezenas de cidadãos bascos pelas polícias espanhola e francesa. Os relatos de tortura sucedem-se. Ontem, foi a vez de Ibai Beobide que depois da detenção teve de ser assistido pelos médicos num hospital. Por cá, a comunicação social prefere analisar até à exaustão o caso dos explosivos encontrados numa casa perto de Óbidos. Em momento algum vão às raízes do conflito. Escondem dos portugueses as razões que conduziram à luta armada. E independentemente de estarmos de acordo ou em desacordo com ela, não se pode falar do País Basco sem se falar dos presos políticos, da tortura, dos exilados e deportados, dos desaparecidos e assassinados, dos partidos ilegalizados, das organizações proibidas, dos jornais e rádios encerrados pela polícia.

Por isso, é que divulgamos um interessante debate organizado pela Associação de Solidariedade com Euskal Herria e que focará estas questões.

Quarta-feira, 17 de Fevereiro, 19 Horas
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Clube Estefânia (Rua Alexandre Braga, 24 A, Lisboa)

Com: Rui Pereira, jornalista e autor de Euskadi, A guerra (des)conhecida dos bascos, Edurne Iriondo, advogada basca, e um ex-preso político basco.

Várias entidades e organizações, entre as quais o Relator da Comissão da ONU contra a Tortura e a Amnistia Internacional, têm denunciado, ao longo dos anos, as sucessivas denúncias de tortura por parte de presos políticos bascos. Simulação de afogamento, asfixia através de saco, choques eléctricos nos genitais, tortura do sono e espancamentos são alguns dos métodos utilizados. Entre os milhares de casos destacamos alguns. Em 2001, Unai Romano saía com a cara irreconhecível de um interrogatório policial. Em 2004, foi publicado o relato chocante de Amaia Urizar, que num interrogatório viu o seu corpo ser violado com uma pistola. Em 2008, após ser detido, Igor Portu dava entrada no Hospital de Donostia com uma perfuração num pulmão.

Um Estado que tortura, proíbe partidos políticos e manifestações, fecha jornais e rádios e ilegaliza organizações juvenis e populares e que mantém os seus detidos durante mais de uma semana sem qualquer acesso a advogados, familiares ou cuidados médicos não pode ser considerado um Estado de Direito.

1 comentário:

Anónimo disse...

alguem me pode dizer se a padeira de aljubarrota era tb terrorista km os independentistas bascos ou n lutou ela tb pra livrar portugal da ocupaçao castelhana k durou 80 anos?uns sao terroristas outros herois cambada de lacaios LIBERDADE PARA O PAIS BASCO