quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Falta menos um ano para a revolução!


A Rádio Moscovo deixa-vos um forte abraço e o desejo de que 2010 seja inscrito na história como um importante ano para cada um de nós e para todos nós. Cada ano que passa, é menos um ano que falta para o fim da exploração e da opressão. Cabe a nós tomar o lugar que nos cabe nas trincheiras de cada batalha necessária. E não esqueçamos todos aqueles que dedicaram a sua vida a esta luta. Eles vivem nos combates que travamos. Também não esqueçamos todos aqueles que passarão a passagem de ano nas prisões do capitalismo e do imperialismo. Brindemos por todos. E que a burguesia e o seu governo se engasguem com as espinhas do bacalhau!

Saúde e Revolução!
Venceremos!

Nota: A Rádio Moscovo não emitirá nos próximos dez dias. Partimos para outras frequências mas sem abandonar a luta.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Governador colombiano sequestrado e degolado

Na segunda-feira, Luis Francisco Cuéllar, governador colombiano do Departamento de Caquetá foi sequestrado por homens que envergavam uniformes do Exército da Colômbia. De seguida, o presidente Álvaro Uribe acusou as FARC de estarem por trás do sequestro. Um dia depois, o corpo de Cuéllar era encontrado degolado numa zona rural.

A comunicação social portuguesa faz eco da notícia repetindo à letra as informações difundidas pela imprensa colombiana. Em nenhum lado se põe em dúvida a autoria deste sequestro e assassinato. Todos orientam as suas baterias contra as FARC e nunca questionam as palavras do governo colombiano. Até ao momento, nenhuma organização reivindicou o acto.

A família denunciou que Luis Francisco Cuéllar tinha pouca protecção, apesar de já ter sido sequestrado quatro vezes. Por norma, três polícias garantiam a segurança do governador. Na noite do sequestro, apenas um polícia vigiava a casa mesmo havendo rumores sobre um iminente atentado contra Cuéllar.

Na Colômbia, são vários os actores no cenário de guerra. Para além do Estado colombiano e das forças repressivas, para além das FARC e do ELN, existem vários grupos paramilitares relacionados com o tráfico de droga e com a oligarquia que semeiam a violência de forma indiscriminada. Surpreende-nos, pois, que a imprensa portuguesa não se dê ao trabalho de fazer um juízo minimamente crítico sobre o que se passa na Colômbia.

domingo, 20 de dezembro de 2009

"À guerra dos pobres chama-se terrorismo, ao terrorismo dos ricos chama-se guerra"

Pese as grandes diferenças entre a Rádio Moscovo e o blogue Cinco Dias, destacamos o debate encetado nos últimos dias a propósito do ataque ao primeiro-ministro italiano. A acção de Massimo Tartaglia contra Silvio Berlusconi teve um grande impacto. Para além da fractura nasal e dos dentes perdidos, há duas ilações que se podem tirar. Em primeiro lugar que o responsável pelo ambiente crispado em Itália é dele, do seu governo e da oligarquia italiana. Em segundo lugar que esta acção lhe permitirá lançar uma ofensiva contra o que resta da esquerda italiana. Essa campanha já foi iniciada e pretende colar a imagem de violentos e terroristas a todos aqueles que se opõem às políticas governamentais.

Mas o debate levantado pelo blogue Cinco Dias, independentemente das opiniões sobre o ataque a Berlusconi, teve o mérito de pôr o foco sobre a legitimidade da violência como forma de luta. Como sabemos, os comunistas não renunciam a qualquer forma de luta. Em cada momento, há que saber adaptar-se à etapa que se vive. Mas há por aí muito social-democrata encartado que entende que a violência não faz sentido porque o Estado deixou de ser violento. Nada mais falso. O Estado detém o monopólio da violência. E, hoje, com a mercenarização das Forças Armadas, as novas gerações deixaram de ter qualquer formação militar. Este é um dado importante e perigoso. Um povo que não se sabe defender é um povo ainda mais submetido à força do Estado e da burguesia.

A Rádio Moscovo, desde o seu inicio, com um forte pendor internacionalista, tem-se preocupado com dar a conhecer a luta de povos que foram obrigados a levantar-se em armas contra o capitalismo e o imperialismo: Colômbia, Sara Ocidental, Palestina, País Basco, Curdistão, Nepal, Iraque e Afeganistão. Com objectivos diferentes, com maior ou menor magnitude, com maior ou menor correcção político-militar, estes são os países onde a luta armada mantém o apoio popular mínimo para a manutenção de uma violência a longo-prazo.

Contudo, na maioria destes casos, com a excepção do País Basco, é fácil compreender-se, a partir de fora, a legitimidade do recurso à violência. Já discutir a violência nos países desenvolvidos assume um grau de dificuldade tremendo. Também daí a excepção basca. Aqui, não temos qualquer dúvida de que a violência existe e está presente nestes países. Que o digam os operários da Sorefame, da MB Pereira da Costa, da Valorsul, da Sisaqua, os jovens do Grémio Lisbonense e os excluídos dos guetos suburbanos.

Naturalmente, discordamos de actos violentos isolados que não correspondam à vontade da maioria do movimento operário. Mas o facto de nem sempre utilizarmos a violência não significa que ela esteja excluída. Porque sabemos que no dia em que a classe trabalhadora puser o poder em causa, os militares e a polícia tomarão as ruas. E seria um risco enorme se só nesse dia ganhássemos consciência disso e da necessidade da violência organizada.

Pese o fascínio pela violência de alguns elementos isolados da classe trabalhadora, influenciados por teses pequeno-burguesas, ninguém gosta de combater. Isso implica pesados sacrifícios e acontece como resposta a uma série de actos violentos por parte da burguesia. Como disse o padre guerrilheiro Camilo Torres, "se a burguesia ceder o poder de forma pacífica, nós toma-lo-emos de forma pacífica. Se resistir de forma violenta, então seremos obrigados a toma-lo de forma violenta".

Para as futuras respostas a este artigo deixo-vos, desde já, para reflexão, a opinião de Malcolm X: "A imprensa conhece tão bem o ofício de criar reputações que pode fazer passar o assassino por vítima e a vítima por assassino. Essa é a função da imprensa, desta imprensa irresponsável. Se não andarem prevenidos, os meios de comunicação leva-los-ão a odiar os oprimidos e a amar os opressores".

Solimar Cadenas, a tua voz não se cala!


Da Venezuela, chega a notícia triste e chocante de que morreu Solimar Cadenas, uma das jovens promessas da música de intervenção bolivariana. Até sempre, camarada!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Unidade na luta contra o imperialismo

O comunicado conjunto das FARC e do ELN representa um passo importante para o reforço da luta contra a oligarquia colombiana e o imperialismo norte-americano. Depois da transformação da Coordenadora Continental Bolivariana em Movimento Continental Bolivariano, as forças anti-imperialistas da América Latina estão mais aptas para enfrentar os duros desafios que apresenta o futuro. As bases norte-americanas na Colômbia, o golpe de Estado nas Honduras e aquilo que parece ser a primeira derrota do modelo da terceira via latino-americana, no Chile, representam grandes desafios para os povos que se levantam naquela parte do mundo.

Deixamo-vos um excerto de um documentário que vai ser lançado em Estocolmo dentro de pouco tempo. Aqui, destacam-se os guerrilheiros que produzem os alimentos que sustentam as FARC.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Dalaiama, o artista que põe as paredes a lutar

Muito atentos ao trabalho do Dalaiama, deixamos um video do artista em acção.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Qual é o preço da dignidade?

"A invasão soviética, em 1979, e o domínio dos talibãs, na década de 90, arrasaram por completo qualquer manifestação do Estado e o capital humano foi dizimado." em jornal i

"A palavra mais pronunciada pelos novos dirigentes do País Basco é normalidade. Uma constatação e um desejo. O nacionalismo perdeu o poder e não aconteceu o caos das suas amargas profecias. Há resistências à mudança. Não acabou o medo. Mas pela primeira vez em dez anos há esperança." em Público

"É o lado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que a guerrilha gostava de nunca ver revelado. Festas e bebedeiras, viagens pagas a prostitutas, oferta de operações plásticas, recruta de crianças e execuções sumárias." em Diário de Notícias

Nos três casos, trata-se de jornais ditos de referência e a que nós humildemente poderíamos catalogar de reverência. De reverência à mentira. De referência à ideologia dominante. De reverência ao capitalismo e ao imperialismo. Todos eles, de forma mais ou menos acentuada, cometem erros grosseiros que violam a ética e a deontologia jornalística e que, acima de tudo, servem os interesses de uma minoria. Qual é o preço da dignidade?

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Frente Polisário: Se Aminatu Haidar morre, acaba a via pacífica

A advertência foi feita pelo secretário-geral da Frente Polisário. Se Aminatu Haidar, que está em greve de fome no aeroporto de Lanzarote, morrer, acabam os argumentos de se manterem na via pacífica e tomarão posições mais radicais. Para além disso, acusa o Estado espanhol de colaborar com Marrocos. Uma posição muito diferente daquela que teve Portugal em relação à Indonésia, acrescentou.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A luta estudantil na Europa

No âmbito do seu 7º Congresso, os Colectivos de Jovens Comunistas, organização juvenil do Partido Comunista dos Povos de Espanha, vão organizar no dia 4 de Dezembro uma iniciativa pública sobre a luta estudantil na Europa. Com a presença da JCP, da Juventude Comunista da Grécia e da FMJD.

À luta, camaradas.

Um de Dezembro, dia da perda da independência nacional. Bem-vindos ao totalitarismo federalista europeu. Apertem os cintos. É capaz de haver alguma turbulência.