quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fascistas da UGT arrancam pendões da CDU

"Um grupo de homens que colocava pendões da UGT na Avenida da Liberdade, foi quarta-feira à noite, cerca das 23.30 horas, apanhado em flagrante a remover os pendões da CDU. Um camarada assistiu à remoção de vários pendões, desde a Praça dos Restauradores. Pouco depois, também uma camarada da Direcção da Organização da Cidade testemunhou a remoção de um pendão. Foi chamada a PSP, que identificou o grupo da UGT e também militantes comunistas que entretanto acorreram ao local, já nas proximidades do Centro de Trabalho Vitória. Um saco, que estava na posse dos indivíduos da UGT, continha 16 pendões da CDU. Os indivíduos da UGT não negaram que removeram os pendões da CDU. Um deles argumentou até que a Avenida da Liberdade é uma «área de influência da UGT», que ali vai realizar um desfile no dia 1 de Maio."

em lisboa.pcp.pt

quarta-feira, 29 de abril de 2009

França: prosseguem retenções de patrões


Cortege - Paris Brûle!

Depois dos sucessivos sequestros de patrões em França, sai uma sondagem em que apenas sete por cento da população condena as acções dos trabalhadores. A maioria compreende os sequestros e considera que os trabalhadores têm razões para reter os empresários. O desespero e a revolta levaram milhares no último mês a encerrar patrões para garantir salários e trabalho.

Naturalmente, os trabalhadores defendem estas acções como retenções e não como sequestros, palavra que tem uma conotação pejorativa. O governo francês e a imprensa condenam-nas e avisam que pode haver processos judiciais.

Seja como for, retenções ou sequestros, os tetranetos da Comuna de Paris dão sinais de que não vão encarar a crise do sistema capitalista de braços cruzados.

Imprensa suína (ou pandemia de estupidez)

A 30 de Março de 1938, o apocalipse abateu-se sobre a cabeça de milhares de norte-americanos. Num programa de rádio, Orson Welles simulou um ataque de extra-terrestres e espalhou o pânico em várias cidades dos Estados Unidos. Foi apenas o prenúncio daquilo que a comunicação social é capaz. Ainda há meia dúzia de anos, os governantes desse país em conjunto com os serviços secretos fabricaram falsas provas de que haveria armas de destruição maciça no Iraque. E o resto é História.

Isto vem a propósito da gripe suína. Há vários dias que a imprensa divulgou que há centenas de mortos provocados pela doença. Isto apesar de a Organização Mundial de Saúde só ter confirmado sete das 159 mortes anunciadas pelo governo mexicano que foi hoje obrigado a reconhece-lo. Afinal, todos estranhavam - a comunicação social gosta sempre de mistérios - o facto de só haver mortos no México. Pois, aí está. Em milhares de infectados, morreram sete pessoas. Em Portugal, devido à gripe clássica, suspeita-se que anualmente morram centenas de pessoas.

Não quer isto, contudo, dizer que tudo seja uma teoria da conspiração. Apesar de esta nova gripe ter surgido poucos dias depois da visita do presidente norte-americano ao México, não se deve especular. Mas já sabemos quem fica a lucrar com esta gripe. Donald Rumsfeld, um dos falcões do governo de George W. Bush, é um dos principais accionistas da empresa que fabrica o Tamiflu. Este é dos poucos medicamentos que melhor ataca a gripe mexicana.

Entre os factos políticos, há curiosidades. Os norte-americanos acusaram o México de se ter mexido pouco e tarde. Contudo, esta gripe mexicana - a que chamam suína apesar de ser suína, aviar e humana - teve o seu primeiro caso nos Estados Unidos. Portanto, uma gripe norte-americana.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Não vamos brincar à caridadezinha


Apela-se por aí, em tempos de crise, à caridade. Devemos ajudar os mais desprotegidos. Os mais necessitados. As beatas da igreja juntam as roupas e a comida. Os famosos organizam festas de beneficência. Com muita comunicação social, claro. Porque não querem nada em troca da caridade, 'só' publicidade. Até os empresários propõem baixar os salários em vez dos despedimentos. E dizem-no num tom complacente como se estivessem a dar algo aos trabalhadores. É esse o problema dos caridosos. Eles não estão a dar nada a ninguém. Estão apenas a devolver uma ínfima parte daquilo que roubaram à maioria da sociedade durante anos de exploração. E estão, claro, a tentar evitar a revolta.

Nós não queremos caridadezinha. Queremos o que é nosso.

domingo, 26 de abril de 2009

Jornalismo ou parvoíce?

Jornalismo ou parvoíce é a pergunta que se impõe a quem acaba de ler este artigo publicado na edição digital do semanário Expresso. A Rádio Moscovo propõe que a jornalista Isabel Paulo venda o seu texto a alguma revista de passatempos. Sempre serve de distracção nas viagens de comboio. Apesar de tudo, a intenção foi boa.

«25 de Abril: Israel impediu palestiniano de viajar para Portugal

Ashem Abbadarim, estudante universitário e dirigente da União Democrárica de Jovens Palestinianos, ao cruzar anteontem à noite a fronteira entre a Palestina e a Jordânia foi detido ilegitimamente por soldados israelitas e impedido vir a Portugal participar nas comemorações do 25 de Abril[.]

O jovem palestiniano da organização de Juventude da Frente Democrática de Libertação da Palestina foi impedido em Amman, capital da Jordânia, durante a noite de anteontem, de viajar para Portugal, onde a convite da Juventude Comunista Portuguesa iria participar em diversas iniciativas alusivas ao 25 de Abril.

Estudante universitário, Ashem Abbadarim foi ilegitimamente detido por soldados israelitas que controlam a fronteira entre a Palestina e a Jordânica, país onde o jovem defensor da causa palestiniana iria apanhar o avião para Portugal.

Libertado no dia seguinte, Abbadarim perdeu a ligação do vôo para Lisboa, não podendo por isso participar nas iniciativas de solidariedade com a palestina, programadas pela JPC para no Porto, Coimbra e Lisboa. O jovem palestiniano também não participará no desfile do 25 de Abril, a realizar, amanhã, às 25 horas, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

A Juventude Comunista Portuguesa, que preside actualmente à Federação Mundial da Juventude Democrática, ambas lideradas por Tiago Vieira, enviaram de imediato uma carta aberta denunciando e repudiando a situação à Embaixada de Israel em Portugal e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal. Até agora JCP não obteve qualquer reacção ao acto levado a cabo pelo exército israelita contra um civil palestiniano.

Na carta aberta, a JPC defende que o acto representa uma escabrosa ingerência anti-democrática no direiro de circulação do povo palestiniano, e consequentemente, no seu próprio direito de liberdade de espressão.

A JCP alertou ainda a Embaixada de Israel e o Ministério dos Negócio Estrangeiro português para o "quão atroz é o quotidiano do povo da Palestina. Na missiva, a JCP afirma que irá continuar a denunciar cada vez mais intensamente a política de ancarceramento, compartimentação, destruição, envenenamente, terror físico e psicológico, tortura, homicídio e massacre levada a cabo pelo Estado de israelita.»

in Expresso.pt

sábado, 25 de abril de 2009

Fazer a revolução

Vamos todos trabalhar, vamos todos, sem excepção, cantar, viver, lutar e fazer a revolução!

Todos às 15 horas no Marquês de Pombal. Em manifestação até à Praça do Rossio, vamos lutar e comemorar a Revolução de Abril.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Cravo vermelho ao peito a muitos fica bem...


É, realmente, uma chatice esta coisa de a História se definir apenas muitos anos depois quando já não há grandes consequências práticas. O Mário Soares era muito socialista e o PCP acusava-o de ser um colaborador das forças da reacção. Hoje, é algo inegável. Mário Soares, e muitos outros, veio como o lobo com pele de carneiro. Sobre isto Álvaro Cunhal escreveu um livro - A Verdade e a Mentira na Revolução de Abril: A Contra-revolução Confessa-se - que desmascara todas as personagens que contribuíram para a derrota do projecto de Abril.

Vem isto a propósito do perfil de Otelo Saraiva de Carvalho publicado pelo jornalista Paulo Moura no Público. A última citação do capitão de Abril e antigo dirigente das FP-25 é clara: "Foi o 25 de Novembro que restituiu ao país a pureza dos ideais do 25 de Abril". E no meio de tudo isto, o único partido que mantém a coerência no discurso é o Partido Comunista Português.

A Rádio Moscovo apela à participação de todos nas mobilizações populares de comemoração do 35º aniversário da Revolução de Abril. Sem qualquer receio, devemos gritar por 'Abril de novo' e pela derrota das políticas capitalistas do PS, PSD e CDS. E também podemos cantar a letra daquela famosa melodia: "Cravo vermelho ao peito a muitos fica bem. Sobretudo faz jeito a certos filhos da mãe".

25 de Abril sempre!
Fascismo nunca mais!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Solidariedade com os estudantes de Penacova!

Três alunos de Penacova cumprem 20 horas de serviço comunitário por terem tentado encerrar a escola a cadeado contra o Estatuto do Aluno. Este caso é tanto mais grave quando é conhecido a três dias das comemorações do 35º aniversário da Revolução de Abril. Não só me solidarizo com o Fábio, o Gonçalo e o Eduardo como aproveito para tornar público que encerrei várias vezes da mesma forma a escola em que estudei. Está na hora de dar a volta a isto. Abril de novo!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Abril de novo!


Juramento de Bandeira durante o Processo Revolucionário

"Dois dias depois, quando o chefe da Polícia e dois agentes, munidos de chicotes, entraram na sala, Paulo amparava-se às paredes para se suster de pé. As pernas, inchadas, eram como dois trambolhos, as pisaduras negras em volta dos olhos mostravam a febre que o atormentava.
- Olá, tens passado bem? - casquinou o chefe. - Decerto já queres fazer declarações.
- Sim, quero.
- Ora, ainda bem - continuou aquele, esfregando as mãos. - À Gestapo portuguesa ninguém resiste...
O jovem desencostou-se da parede; oscilou um pouco, mas susteve-se.
- Sim, quero fazer declarações definitivas - repetiu, e tomou fôlego. Da cara tinham-se-lhe esbatido os vincos de sofrimento; só os olhos dominavam. - Sou comunista. Amo o meu partido e amo a minha pátria, que só poderá ser grande se o seu povo for livre. Eu luto e lutarei por essa liberdade...
A um sinal do chefe, os dois agentes não o deixaram continuar. Deitado no chão por uma chicotada, com a cara cortada de lado a lado, ficou a escabujar sob os golpes ininterruptos dos agentes, a resguardar a cabeça no casaco, como se este pudesse couraçá-lo. Já o sangue escorria das roupas para o chão e os agentes pareciam enojados, ainda o chefe gozava a cena, com sádica expressão. Por fim, quando Paulo quase não reagia às chicotadas, aquele levantou-lhe a cabeça e gritou:
- Fala, sacana!
- Não trairei...nem que... - começou Paulo a dizer.
Mas o polícia atirou-lhe um soco à boca, que lhe fez saltar os dentes da frente, de mistura com sangue e gemidos de dor.
O jovem caiu para trás. Dos seus lábios já não podiam soltar-se mais palavras. Mas os olhos, muito abertos, e os punhos cerrados, diziam por ele:
- Nem que me matem!"

excerto de Conto Vermelho 'Mais um herói', de Soeiro Pereira Gomes.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um ano de Rádio Moscovo

A Rádio Moscovo atingiu as 10 mil visitas e as 18 mil visualizações. Depois de um ano de emissão, a média diária situa-se entre as 30 e as 40 visitas. Fundamentalmente, a maioria dos nossos leitores são portugueses e brasileiros. Mas também os há bascos, galegos, catalães, castelhanos, franceses, italianos, venezuelanos, chilenos e argentinos. Até agora não conseguimos uma grande participação dos leitores. Por norma, os comentários não excedem a unidade. E quando isso acontece deve-se ao facto de haver alguma opinião mais polémica que conduz ao debate.

Este blogue é linkado por muitos outros. Mas não se submete à lógica da reciprocidade. A Rádio Moscovo não entra na lógica amiguista dos blogues ditos de esquerda que linkam blogues de direita só porque estes também o fizeram. Somos um blogue de combate. Isso evidencia-se pela quantidade de ligações a organizações e a meios de comunicação que raramente estão à disposição na internet. Destacando-se, entre elas, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo, alvo de uma brutal campanha de desinformação. E esta é provavelmente a página portuguesa que mais destaque dá à luta dos camaradas colombianos.

A maioria dos artigos produzidos pelo blogue referem-se à América Latina e a Portugal. Contudo, no ano que passou, também se publicaram textos sobre o Curdistão, a Palestina, a Síria, a Turquia, a Ossétia, a União Soviética, o Nepal, a China, os Estados Unidos, o País Basco, o Sara Ocidental e a União Europeia. Para além dos artigos de opinião, recorreu-se à crónica e à entrevista. Esta última - com destaque para a conversa com Jorge Alvarado, embaixador da Bolívia - foi pouco usada devido à sua incompatibilidade com o formato blogue.

Politicamente, a Rádio Moscovo debruça-se mais sobre a reconstituição e o reforço do movimento operário internacional. Em quase todos os artigos, ficou patente a necessidade de se combater o reformismo e a social-democracia. As graves consequências do fim da União Soviética abriram caminho a tendências que já se vinham solidificando desde o pós-guerra. A Rádio Moscovo promoveu a memória histórica sobre a pátria de Lénine mas sem qualquer pendor saudosista. Os povos nunca compreenderão os caminho que devem seguir senão souberem analisar historicamente as razões que o levaram a esta etapa.

A Rádio Moscovo procura destruir mistificações. Naturalmente, este blogue não é mais do que um grão de areia. E não pretende ser o que não é. Mas tenta-se, também aqui, dar um contributo à luta contra a propaganda veiculada pelos media dominantes. A batalha ideológica trava-se contra um gigantesco aparelho numa correlação de forças profundamente desigual. E cada pessoa que conseguirmos trazer para o nosso lado da barricada é já uma vitória. Sabendo sempre que a principal batalha se trava nos locais de trabalho e nos nossos bairros.

Este blogue também tenta reflectir um pensamento e uma cultura suburbanas. Procura dar voz à dissidência dos novos muralistas e dos novos músicos de intervenção. Porque é nos bairros onde os filhos da classe trabalhadora usam o que têm ao seu alcance para contornar a escassez de tudo. Entre o betão e as estrelas, como diria Keny Arkana, as paredes são telas e os passeios são palcos. Não admira, pois, que entre um subúrbio como a Amadora e o Cacém e um outro como Almada ou o Seixal haja diferenças substanciais. É que nestes últimos as autarquias põem ferramentas à disposição dos jovens.

Perante a crise do sistema capitalista e com um ano de importantes batalhas eleitorais, urge reforçar a luta de massas e a mobilização geral pelo transporte desse combate até ao voto. Não vivemos uma situação revolucionária mas o descrédito no capitalismo cresce e com ele tem de crescer a consciência da necessidade de uma alternativa. O blogue Rádio Moscovo continuará a dar o seu contributo e estará na linha-da-frente por um salto qualitativo na consciência e na luta. Um pequeno contributo porque um blogue não é mais do que um blogue.

Obrigado a todos os que nos lêem.
A luta é o único caminho!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A revolta é saudável!


La Rage, por Keny Arkana

A revolta é saudável porque demonstra que somos moral e eticamente sãos. A revolta é saudável porque ninguém pode ficar indiferente à tragédia humana que provoca o capitalismo. A revolta é saudável porque nasce do desejo de enterrar a injustiça e de semear um mundo melhor. E foi dessa revolta, desse sentimento de fúria e de raiva que nasceu em Marselha o colectivo musical urbano La Rage du Peuple a que pertence Keny Arkana.

"ONU é ditadura" e Evo Morales afirma-se "marxista-leninista"

Há certas declarações que deviam chocar pelo que se é dito. Mas também por quem as diz. Ontem, na Venezuela, o presidente da Assembleia-Geral da ONU afirmava que aquela organização "é uma ditadura". Miguel d'Escoto destacou que o "grande professor" Fidel Castro há muito que vem falando da necessidade de se "democratizar as Nações Unidas". Depois acrescentou que quem "sempre anda com a cançoneta da democracia e que põe a democracia como condição para os seus propósitos, esses que estão dispostos a assassinar milhares de seres humanos pela democracia, põem todos os obstáculos imagináveis para impedir a democratização da ONU".

O presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas felicitou ainda Evo Morales por se encontrar bem depois de "heroicamente realizar uma greve de fome pelo seu país". Isto no mesmo dia em que o presidente da Bolívia recordou a expulsão de Cuba por parte da Organização de Estados Americanos. "Cuba foi expulsa por ser leninista, marxista, comunista. Eu quero dizer aos membros da OEA que me declaro marxista, leninista, comunista, socialista e agora que me expulsem da OEA. Não se pode acreditar que por se ser marxista-leninista se seja expulso da OEA", exclamou Evo.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Mais força p'ra lutar!

Os Xutos & Pontapés dizem muito na sua nova faixa "Sem eira nem beira". E repetimos como eles cantam: "Eu quero acreditar que esta merda vai mudar. E espero vir a ter uma vida bem melhor. Mas se eu nada fizer isto nunca vai mudar. Conseguir encontrar mais força p'ra lutar! Mais força p'ra lutar!"

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Uma voz portuguesa na Casa Branca

Barroso antes de ser um Obamista era um Bushista convicto

Finalmente, foi revelado o nome do cão da família Obama. Chama-se Bo e é um cão-de-água. A Rádio Moscovo soube que entre as razões que levaram o actual presidente norte-americano a escolher um canídeo português estão não só o facto de o pêlo ser hipoalergénico mas também a boa experiência com o actual presidente da Comissão Europeia. Segundo Barack Obama, se Bo tiver as mesmas características que Durão Barroso será, certamente, um cão fiel e adaptável a todas as mudanças. Para além disso, a experiência com uma longa linhagem de governantes portugueses demonstra que todos sabem lamber e seguir qualquer ordem. Mário Soares, Sá-Carneiro, Cavaco Silva, Guterres, Santana Lopes, José Sócrates e tantos outros demonstraram estar à altura do que se pede ao melhor amigo do homem. E dos Estados Unidos da América.

domingo, 12 de abril de 2009

Viva a luta do povo basco!


Celebra-se, hoje, o Aberri Eguna. Centenas de milhares de bascos vão festejar o dia da sua pátria. As cidades e aldeias vão encher-se de gente que não se submete à imposição espanhola e francesa. Outros, perseguidos pela polícia, vão faze-lo longe da sua pátria. São centenas os que, no exílio, levantarão a ikurriña para reclamar um País Basco livre e socialista. Algo que nem as grades das prisões vão conseguir impedir. Os mais de 800 presos políticos bascos comemorarão, certamente, à sua maneira. Como comemorarão todos aqueles que resistem na clandestinidade.

A Rádio Moscovo saúda-os a todos e relembra o gudari Bernardo 'Tito' Arregi.

Jotake irabazi arte!
Gora eusko gudariak!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O desafio da Moldávia

As tensões no Leste da Europa prosseguem. Para o alargamento da NATO naquela zona do globo, há que fomentar governos pró-Estados Unidos e pró-União Europeia. Mas quando os povos votam, segundo as regras da democracia burguesa, em forças políticas que contradizem a necessidade político-militar do imperialismo de ali intervir, acontece o inesperado. Ou o esperado. Geram-se protestos arquitectados a partir do Pentágono e de Bruxelas com o apoio de toda a máquina de propaganda dos media dominantes. É o que está a acontecer na Moldávia.

Dias antes do Partido Comunista da Moldávia (PCM) conquistar a vitória nas urnas de voto, a comunicação social portuguesa referia a situação política de um país cujo nome raramente ouvimos nos telejornais. Dizia-se então que havia uma forte possibilidade de viragem naquele país. Havia uma forte coligação pró-União Europeia com capacidade de derrotar as forças pró-russas.

Isso não aconteceu. O PCM venceu as eleições. A oposição reclamou fraude e milhares de pessoas invadiram o parlamento. No meio da destruição e do caos, saíam, a plenos pulmões, vivas à Roménia. Vários manifestantes levantavam bandeiras do país vizinho. Pouco depois, os governos da Moldávia e da Rússia acusavam a Roménia de ingerência nos assuntos internos de Chisinau.

A ser verdade, seria a repetição de um filme já vivido em muitos outros países. As "revoluções" made in USA resultaram na Ucrânia e na Geórgia. Na Bielorrússia, onde a classe trabalhadora soube manter várias características e direitos conquistados na União Soviética, a jogada imperialista foi derrotada. Contudo, a Moldávia situa-se, geograficamente, numa situação complexa. Encurralada entre a Ucrânia, a Leste, e a Roménia, a Oeste, adivinham-se tempos difíceis.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Breakdance anti-nazi


O breakdance é uma forma de arte urbana. E esta que vos deixamos é uma bela produção artística.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Este blogue é anti-NATO


Inadaptats - OTAN

A NATO surgiu como organização para a "defesa do mundo livre da ameaça comunista". Desde então, já agrediram dezenas de países. Com ou sem União Soviética, assassinaram milhões de pessoas. E estiveram na origem de centenas de grupos fascistas que lançaram o terrorismo sobre os seus países. Nos dias de hoje esse papel ainda não está muito claro. Mas chegará o dia em que se levantará o véu sobre toda a carnificina que esta organização provocou e provoca. Sessenta anos depois, havia muito que dizer. Mas deixemos que falem todos os que caíram assassinados.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Rádio Moscovo fala verdade!

O dia acordou violento. Durante a madrugada, uma bomba rebentou com a estátua de Lénine na Estação da Finlândia, em Leninegrado (São Petersburgo). Milhares de pessoas encheram as praças de Londres contra a reunião do G20, atacaram vários bancos e invadiram o Royal Bank of Scotland. Da Letónia, chega a notícia da morte, há quatro dias, de Arnold Meri, herói do Exército Vermelho - referido num artigo de odiario.info - que estava a ser vítima de um julgamento anti-comunista. Quem faz as manchetes na Venezuela é a miss universo que diz ter adorado a sua estadia na base militar e campo de concentração de Guantanamo. Familiares de Raúl Reyes denunciaram hoje através da senadora Piedad Córdoba que o governo colombiano mentiu ao afirmar que lhes tinha entregue o corpo do comandante das FARC-EP. Também na Venezuela, um dos principais dirigentes da oposição, Manuel Rosales - ex-governador de Zulia e actual presidente de Maracaibo, capital desse mesmo Estado - fugiu e encontra-se escondido em lugar desconhecido. Ao largo da Líbia, afogaram-se centenas de africanos que embarcavam rumo ao "sonho europeu". Estudantes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto barricaram-se no edifício em protesto contra as propinas e o Processo de Bolonha.

Nada disto é mentira.