quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Resultados do referendo contra o imperialismo


Entrevista e reportagem sobre o referendo

No referendo simbólico promovido pelas organizações sociais e políticas do bairro 23 de Enero, Caracas, votaram quase dez mil pessoas. Os resultados demonstram que cerca de 99,8 por cento dos votantes rejeita as bases imperialistas na Colômbia e o golpe de Estado nas Honduras. Mais importante que os resultados foi a mobilização popular e a discussão que se estimulou nas zonas mais pobres de Caracas em torno do questão.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Anti-comunista do mais furioso que se pode encontrar

"O PM Soares, de Portugal, visitou-nos. É muitíssimo impressionante. É socialista, mas procura investimento privado para a indústria de Portugal e é um anti-comunista do mais furioso que se pode encontrar. É um grande apoiante do nosso país e do Ocidente. Tivemos boas e proveitosas reuniões."

Ronald Reagan, no seu diário pessoal.

domingo, 25 de outubro de 2009

Página para votar no referendo

"As bases vão continuar a ser vossas mas vocês vão continuar a ser nossos"

A página na internet para a votação no referendo contra as bases militares norte-americanas e contra o golpe de Estado nas Honduras já está disponível. Como havíamos anunciado, esta é uma iniciativa que tem a responsabilidade de movimentos sociais e políticos do bairro 23 de Enero, baluarte do processo bolivariano na Venezuela.

Clica aqui para votar.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

No domingo, vota contra as bases imperialistas e contra o golpe de Estado nas Honduras!


O bairro 23 de Enero, situado em Caracas, baluarte do processo bolivariano e espaço de intervenção política, social e cultural de diversas organizações e movimentos, vai organizar no próximo domingo, 25 de Outubro, um referendo anti-imperialista. O objectivo é simbólico. Protesta-se contra as bases norte-americanas na Colômbia e contra o golpe de Estado nas Honduras através da votação referendária. Por trás desta acção, encontra-se uma forte discussão e mobilização popular anti-imperialista.

O referendo vai realizar-se no bairro 23 de Enero mas também noutros locais do território venezuelano. Simultaneamente, e com o mesmo valor, venezuelanos e estrangeiros vão poder votar através da internet. Apelamos, portanto, aos leitores da Rádio Moscovo para que mostrem a sua indignação em relação ao que se passa na Colômbia e nas Honduras votando na ligação da página http://www.aporrea.org que aqui deixaremos disponível no domingo entre 13 e as 19 horas. Apelamos também a que os outros blogues possam difundir esta acção.

As perguntas são as seguintes:

1. Aprova a instalação de bases militares dos Estados Unidos da América na Colômbia, América Latina e no mundo?

2. Aprova o golpe de Estado nas Honduras?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O fascismo não acabou

Ora, vejamos bem esta notícia: "Mais de meio milhar de cidadãos tinham subscrito, até ao fim da tarde de ontem, uma nova petição na Net a defender a "reposição do nome original da Ponte Salazar".

Quem a subscreve?
"Entre os subscritores, muitos com apelidos de família conhecidos (Mendia, D'Orey, Mello, Roquette, Mantero, Van Zeller), a primeira assinatura é a de Maria Isabel Galveias, que acrescentou ao seu nome um comentário: 'A ponte deve ser sempre Ponte Salazar por imperativo histórico'."

Com toda a probabilidade, esta gente abjecta defende, no seu intimo, a reposição da perseguição política e da tortura.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Não às bases imperialistas na Colômbia!


No próximo dia 25 de Outubro, a Coordenadora Simón Bolívar, em conjunto com diversas organizações políticas e sociais do bairro 23 de Enero, baluarte do processo bolivariano, vai organizar um referendo contra as bases militares norte-americanas na Colômbia. Gustavo Rodriguez, amigo da Rádio Moscovo, é um dos activistas que dá a cara pela iniciativa.

Não às bases imperialistas!
Viva a resistência latino-americana!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Duas notícias graves


Duas notícias particularmente graves. A primeira diz respeito à detenção por parte da polícia espanhola de uma dezena de independentistas bascos. Entre os quais, Arnaldo Otegi e Rafa Diez. Mais um brutal ataque por parte do Estado espanhol aos direitos políticos e sociais do povo basco. Segundo as autoridades, estes cidadãos bascos estariam a cometer o grave crime- imagine-se - de reunir regularmente desde há meses para reconstituir o partido ilegalizado Batasuna. Aqui se vê quem quer a paz e quem quer a guerra. Esta é a democracia espanhola.

A segunda notícia grave chega-nos da Venezuela. Confrontos entre agrários e indígenas provocaram vários feridos entre os últimos. No meio da Sierra del Perijá, junto à fronteira com a Colômbia, a burguesia recebe o apoio das autoridades locais e das forças armadas. Por várias vezes, as comunidades indígenas são violentamente atacadas. Desta vez, trata-se da comunidade Yukpa. O líder, Sabino Romero, que vira o seu pai assassinado no Verão do ano passado, foi agora alvejado com três tiros. O seu genro foi assassinado e a sua filha de onze anos está ferida.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"Aqui, no se rinde nadie!"

Imagem aérea do bairro 23 de Enero

Nove de Outubro de 1973. Há seis anos, Ernesto 'Che' Guevara cuspia na cara do seu carrasco e gritava: "Dispara que vais matar um homem!". Mas os canos das metralhadoras do imperialismo não tiveram tempo de arrefecer. Há menos de um mês, o sangue de Salvador Allende arrastou consigo o sangue de milhares de chilenos. Calou-se a voz de Victor Jara e a pena de Pablo Neruda.

Um grupo de jovens decide, pela primeira vez, assinalar a morte de 'Che' Guevara. Fazem parte da J-23. Esta é a frente armada que opera no bairro 23 de Enero, zona subversiva de Caracas. Reúnem e tomam a decisão. Há que relembrar o guerrilheiro argentino através de uma acção espectacular. Esta noite, dos telhados de todos os blocos, serão lançados centenas de foguetes.

Um pequeno grupo comanda a operação. Serão eles a dar o sinal. Juan prepara o foguete e espera. É meia-noite. Pisca o olho aos camaradas e em vez de o lançar ao céu aponta-o à janela do apartamento do bufo. Com uma pontaria irrepreensível, o foguete entra na habitação e rebenta na sala. De imediato, centenas de explosões interrompem o silêncio nocturno. A esposa do bufo corre para a rua, aos gritos e em cuecas.

Nove de Outubro de 1979. Há seis anos que todo o 23 de Enero relembra a morte de 'Che Guevara'. Mas mais do que isso, a luta contra o capitalismo endureceu. No bairro, a J-23 deu lugar às Milícias Populares. Centenas de jovens da capital venezuelana aderem à guerrilha urbana. Há confrontos todas as semanas. A polícia e o exército ocupam os blocos e fazem buscas casa-a-casa. Há que exterminar toda a dissidência com a ditadura puntufijista. O assédio repressivo utiliza o assassinato e a tortura como ferramentas de intimidação.

Apesar das dificuldades, as Milícias Populares decidem organizar o tradicional lançamento de foguetes. Se a polícia e os militares ocupam os telhados, os guerrilheiros descem às ruas. Se a polícia e os militares ocupam as ruas, os guerrilheiros sobem aos telhados. Os jovens combatentes, apesar da inferioridade material, jogam em casa. Conhecem o bairro como as palmas das mãos e têm o apoio da população.

Mas esta noite vão alterar as regras do jogo. Não só subirão aos telhados, não só ocuparão as ruas, como também cercarão a esquadra dos torturadores. Põem os passa-montanhas. Empunham as pistolas e as pistolas-metralhadoras. Outros sobem aos telhados, outros guardam as esquinas. À mesma hora, ouve-se o sinal. Por todo o lado, explodem foguetes. Ouve-se bater tampas de panelas. Ao fundo, um megafone amplifica a voz de um combatente que lê um comunicado. E as rajadas assaltam, sem descanso, o módulo policial.

Nove de Setembro de 2009. Já não há módulo policial. Agora, no seu lugar, vive a Casa de Encuentro Freddy Parra. É ali que se encontra a rádio alternativa Al Son del 23. Também é ali que se ensina a população. Onde antes se torturava gente, há agora um info-centro onde se pode aceder à internet. Ao lado, um mercado que vende comida a preços sociais. Também muito perto, um centro de saúde onde duas médicas cubanas recebem a população. Já não há repressão. Quem vigia o bairro são os próprios habitantes que se organizam e mobilizam através de assembleias.

A Coordinadora Simón Bolívar, em conjunto com outros movimentos, decidiu realizar uma manifestação no bairro. Nela, não só se recorda 'Che' Guevara como se denuncia o imperialismo norte-americano e as sete bases que se vão concentrar na Colômbia. Centenas de pessoas percorrem o 23 de Enero reclamando o fim da interferência dos Estados Unidos na América Latina.

Durante a noite, juntaram-se nos telhados dos blocos do 23 de Enero. Uma vez mais, como em 1973, a noite de Caracas não se calou. Mas, desta vez, só houve a alegria de um povo que se levanta pelo futuro. Ninguém tapou o rosto. Ninguém fugiu das balas perdidas. Ninguém se escondeu.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Confrontos em Istambul


Milhares de pessoas saíram às ruas de Istambul para protestar contra a cimeira do FMI. Como sempre, sobressaiu a brutalidade da polícia turca.

domingo, 4 de outubro de 2009

Até sempre, Mercedes Sosa!


Faleceu, hoje, aos 74 anos, em Buenos Aires. A América Latina fica orfã de uma das suas mais importantes vozes. Este vídeo data de 1983 e Mercedes Sosa canta em Manágua, num concerto pela paz na América Central.

sábado, 3 de outubro de 2009

Pesos-pesados do revisionismo e da social-democracia assinam Compromisso à Esquerda

[Clique na imagem para aumentar]

A Rádio Moscovo convidou vários notáveis a assinar o Compromisso à Esquerda. Entre os pesos-pesados que aceitaram o repto, encontram-se Migas Gorbachov, Edu Bernstein, Santi Carrillo, Jójó Marchais, Alex Kerensky e Ricky Berlinguer. Qualquer um destes nomes dá credibilidade e confere o selo amarelo de garantia social-democrata à iniciativa portuguesa. Entretanto, e de forma inexplicável, estas assinaturas foram eliminadas do abaixo-assinado. Felizmente, a Rádio Moscovo tem as provas e publica-as para que também os leitores possam fazer um melhor juízo deste excelente manifesto dos traidores da classe trabalhadora.