sexta-feira, 28 de maio de 2010

Amanhã? Pois, claro!

Amanhã? Sim, amanhã. Depois de amanhã, tudo será diferente se não fores, amanhã. Ou melhor, tudo será igual. Se não fores, amanhã, claro. Porque como dizia Gramsci, "o que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça mas porque a massa dos homens abdica da sua vontade. Deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar". Percebeste?

Amanhã.
15h, Marquês de Pombal.

2 comentários:

filipe disse...

Sim, percebi, e também vou!
Embora tenha presente que, indo, estamos também a construir a indispensável, a irrecusável, a inevitável, a "incontornável", a urgente e patriótica - sublevação. Que nós não quisemos, mas que eles nos impõem, com os seus crimes diários, como a solução que nos restará.
Como nos deixou dito, um dia, o Poeta:

"Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!"

Forte abraço!

Dalaiama disse...

Tá linda a citação man!
Devia meter uma coisa assim no meu blog :P
abraço ;)