terça-feira, 12 de maio de 2009

Por uma outra Europa

Numa conferência de imprensa, em que se apresentou um documento europeu conjunto de Partidos Comunistas e Operários, a secretária-geral do Partido Comunista da Grécia (KKE) teceu importantes declarações. Aleka Papariga afirmou que hoje a classe operária necessita de um projecto que confronte a União Europeia e que tal projecto está reflectido no documento apresentado. Assinalou que essa é a posição comum dos 21 partidos signatários. A União Europeia não reformável e, na medida em que a unidade comunista avance, fortalecer-se-á a posição dos trabalhadores e dos povos na Europa.

A secretária-geral do KKE expressou que "as posições dos que pretendem reformar a UE colocam-se ao lado das posições do capitalismo e não oferecem nada de distinto do que existe hoje. A camarada grega referia-se especificamente ao Partido da Esquerda Europeia (PEE) - onde está o Bloco de Esquerda, o PCE, o PCF e a Refundação Comunista Italiana, entre outros - que "não representa nenhuma mudança no desenvolvimento da política da UE e partilha de uma maneira ou de outra este projecto de capitalismo". A dirigente grega finalizou a sua intervenção afirmando que "é necessário combater estas posições como luta política e ideológica para evitar enganos à classe operária" e recordou que "é necessário prosseguir o trabalho para ampliar a unidade das forças revolucionárias e fortalecer o seu projecto político, pois beneficiará a classe operária em toda a Europa".

De seguida, falou o camarada Gyula Thurmer, presidente do Partido dos Trabalhadores Comunistas Húngaros que explicou a experiência concreta do seu partido, que no passado 1º de Maio abandonou o Partido da Esquerda Europeia de que foi fundador ao entender que "a prática demonstrou que o PEE apenas procura um capitalismo de rosto humano e não confronta o projecto imperialista".

Thurmer explicou que na Hungria o fim do projecto socialista desembocou num retrocesso generalizado das condições de vida da maioria da população - extremamente duras para 90 por cento do povo - e destacou a penetração generalizada do capital externo. Para os comunistas húngaros, finalizou, "o texto dos 21 partidos é de uma grande importância para a luta dos trabalhadores e o nosso partido continuará no futuro a trabalhar por este caminho".

O carácter político do documento é atestado também pelos signatários: Partido dos Trabalhadores da Bélgica, Partido Comunista da Bretanha, Partido Comunista da Bulgária, Partido dos Comunistas Búlgaros, Partido Comunista na Dinamarca, Partido Comunista da Estónia, Partido Comunista da Grécia, Partido dos Trabalhadores Comunistas Húngaros, Partido Comunista da Irlanda, Partido dos Trabalhadores da Irlanda, Partido Socialista da Letónia, Partido Socialista da Lituânia, Partido Comunista do Luxemburgo, Partido Comunista de Malta, Novo Partido Comunista da Holanda, Partido Comunista da Polónia, Partido Comunista Português, Partido Comunista Romeno, Partido Comunista da Eslováquia, Partido Comunista dos Povos de Espanha, Partido Comunista da Suécia.

2 comentários:

Nelson Ricardo disse...

Juntos somos mais fortes que qualquer tentativa de divisão! Vivam as forças verdadeiramente comunistas e a Europa dos povos e dos trabalhadores!

Pedro Bala disse...

viva!