Ao longo do tempo, fomos denunciando as cedências de Manuel Zelaya. O acordo assinado entre o deposto presidente e o presidente golpista revela muito daquilo que se vinha criticando. Por isso, não podíamos estar mais de acordo com o artigo de Atilio Borón. O programa de Manuel Zelaya pressupõe três pontos fundamentais: restituição, amnistia e governo de reconciliação nacional. Três pontos que só podem representar uma traição às aspirações do povo hondurenho. Não faz sentido a restituição presidencial a pouco tempo das eleições, nas quais Manuel Zelaya não pode concorrer. Não faz sentido a amnistia a quem assassinou, torturou, prendeu e censurou. E um governo de reconciliação nacional é a solução ideal para os interesses da burguesia hondurenha e estrangeira e do imperialismo. Veremos qual a resposta da classe trabalhadora.
4 comentários:
Afinal, confirma-se as opiniões que José Luz fez acerca de M.Zelaya
em comentários anteriores,ou seja comprovou-se que Zelaya não só não representa politicamente os interesses populares,como estava disposto desde o principio a negociar e a aceitar as imposições dos golpistas fascistas a partir do momento que isso também assegura-se os interesses dos sectores burgueses que representa.
Este blogue já vinha alertando para alguns desvios, cedências e hesitações por parte de Manuel Zelaya. Isso não quer dizer, contudo, que ele não tenha constituído uma esperança para o povo hondurenho e que em muitos casos tenha aprovado medidas que o favoreçam.
A caminhada dos povos não pára. Por vezes parece paralizar, retroceder, mas na realidade avança, resultado do processo dialéctico. Esperemos os próximos desenvolvimentos desta situação e, sempre, mantenhamos uma activa solidariedade com os trabalhadores e o povo hondurenho em luta, prosseguindo sem hesitação o desmascaramento dos verdadeiros mandantes dos golpistas fascistas: Hillary Clinton, Obama, o governo imperialista estado-unidense, acolitados pela generalidade dos governos nacionais ao serviço do capital.
Abraço.
Caro Pedro Bala
Zelaya ao contrário do que diz,nunca constituiu qualquer "esperança" para o povo Hondurenho,e isso pode ser verificado pela inexistência de politicas económicas e sociais a favor dos sectores mais pobres da população, como mesmo pelos acordos agora estabelecidos com os golpistas a revelia dos sectores populares que até aqui lutaram e o tinham apoiado, luta essa que isolou e obrigou os fascistas a refrearem os seus objectivos e que não foi mais longe, devido ao comportamento traidor de Zelaya e dos sectores burgueses que o apoiam.
Se alguém criou essas falsas e infundadas "esperanças" foi a pequena burguesia democrática reformista, que como sempre e a falta de um projecto revolucionário, está sempre disposta a apoiar qualquer burguês mesmo reacçionário ou aventureiro,que como em outros lados, mais uma vez confirmaram o oportunismo politico das suas posições ambiguas e reformistas e que agora poderá trazer sérias consequências politicas para o povo,caso não emerga desta luta uma força comunista, que congregue em torno de si todas as forças revolucionárias e populares que consiga derrotar os actuais acordos e os objectivos que a burguesia oligarquica fascista Hondurenha pretende atingir.
Quanto ao Pedro dizer que já vinham chamando a atenção para essas situações menos coerentes de Zelaya, faço lembrar que os meus comentários são feitos exactamente pelo apoio que o "radiomoscovo" sempre manifestou a este e não é por acaso,que mesmo agora no comentário que faz ao comentário de A.Ferreira, ainda afirma que Zelaya constituiu uma "esperança", mas ainda bem que aos poucos vai vendo a realidade dos factos.
Quanto a A. Ferreira, obrigado pela sua solidariedade e mantenha-se sempre atento e vigilante.
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