domingo, 18 de julho de 2010

KKE, um farol na luta contra a ofensiva do capital

Imagens da greve do sector naval na Grécia

Numa situação grave como a que vivemos, as análises que fazemos não podem seguir os mesmos critérios de sempre. Os acontecimentos e as decisões do capital sucedem-se e a esse mesmo ritmo devem suceder-se as análises e as respostas dos trabalhadores. E qualquer comunista só pode ficar orgulhoso quando vê o exemplo da luta dos trabalhadores gregos. Apesar da dura situação que se vive na Grécia, o Partido Comunista da Grécia (KKE) levantou-se como um farol e tem estado, como deve estar um partido comunista, na vanguarda da classe trabalhadora. É impressionante pensar no número de greves gerais que já se realizaram se se pensar no que significa organizar uma greve geral. Desde o primeiro momento, a sindical Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME), ligado ao KKE, tem arrastado todo o movimento sindical para a luta contra as medidas tomada pelo poder político e económico contra os trabalhadores gregos. E isto não sendo a força mais influente no seio do movimento sindical.

2 comentários:

João disse...

Concordo inteiramente com a tua opinião, mas porque não a tornas mais clara e frontal, para que todos a percebam melhor?
Realmente,comparando a situação da Grécia e a de Portugal e sendo a CGTP e o Partido as forças com mais influência no meio operário, não se compreende porque razão a luta em Portugal não está mais radicalizada? Será que as medidas que o governo implementou não são suficientemente reacçionárias para que se proceda a tal radicalização? Ou será que o KKE e a PAME, foram tomados por algum VÍRUS esquerdista, quando convocam tais formas de luta contra o governo Grego?
Não será que os acordos contraídos pelas direcções sindicais dos professores e dos enfermeiros com o governo, acordos esses,que no meu entender estão muito aquém das perspectivas acalentadas pelos profissionais desses sectores e na altura em que foram assinados, bem como as formas demasiado espaçosas no tempo, com que se têm convocado as acções de luta,não achas que têm contribuido para a facilidade com que o governo tem aplicado as várias medidas anti-sociais e anti-laborais,que já estão e aonde contribuir ainda mais num futuro próximo para o aprofundar da miséria social no seio da classe trabalhadora?
Afinal para que têm contríbuido, as deslocações dos dirigentes do Partido á Grécia, se mantêm as mesmas atitudes politicas do passado, que tantos e tantos prejuízos já causaram aos trabalhadores?
Já estou a ficar farto desta situação!!!
João

Op! disse...

Nem o PCP nem a CGTP-IN têm poderes milagrosos! não é apenas pela vontade deles ser justa que que a Luta se intensifica. As organizações de classe apenas coordenam as acções de Luta, mas a Luta em si é feita pela classe trabalhadora (e não pelos eleitos da classe trabalhadora nas organizações). A ser é verdade que na Grécia a Luta está mais desenvolvida que em Portugal, apenas significa que no Povo grego existe maior consciência de classe que no Português. A nós comunistas e sindicalistas, compete esclarecer e dar o exemplo, a tomada de consciência da Luta da classe trabalhadora compete a cada cidadão.
Um abraço!