domingo, 4 de maio de 2008

Só é terrorismo quando lhes importa


Trecho de "O bom povo"

A propósito da morte do Cónego Melo, o CDS/PP entendeu apresentar uma moção de pesar pelo falecimento do herói de todos aqueles que quiseram sabotar a nossa revolução. Naturalmente, para os populares, o "Monsenhor Eduardo Melo dedicou toda a sua vida à Igreja, aos outros, à sua cidade e ao País. Em 1975, teve um papel decisivo na luta pela preservação das liberdades e pela instauração de uma democracia parlamentar". O PSD, de forma evidente, corroborou estas palavras. Por sua vez, o PS afirmou que "jamais votaria contra o pesar pela morte de alguém". E de alguém que tanto ajudou o seu partido, poderia ter acrescentado.

A verdade é que todos estes partidos estiveram envolvidos com os terroristas que durante a revolução assassinaram e espancaram activistas de esquerda, rebentaram com sedes de partidos e organizações e espalharam o ódio anti-comunista por todo o país. Bem a propósito, o blogue Waiting For The Sun recolhe memórias desse tempo, que rapidamente se tentaram esconder para limpar as mãos sujas de sangue do CDS/PP, do PSD e do PS. Os artigos publicados evidenciam as ligações entre os três partidos e a rede bombista. E, naturalmente, descreve as personagens que são, hoje, muitas delas, acusadas de crime e de corrupção.

“Os financiadores do MDLP foram figuras ligadas à banca e à indústria no antigo regime, como António Champalimaud, Manuel Bullosa, Queirós Pereira e Miguel Quina. (...) A um outro nível, figuras como os industriais Ferreira Torres, (...) Rui Castro Lopo, (...) o comendador Abílio Oliveira, de Santo Tirso, Valentim Loureiro, foram financiadores mais ligados às estruturas operacionais do movimento (...)”

“Os homens mais ligados à actividade ofensiva contra a esquerda em 1975 foram Alpoim Calvão, (...) Ramiro Moreira, chefe de segurança do então PPD, (...) e Manuel Macedo, industrial nortenho agora alvo de uma investigação da Polícia Judiciária por suspeitas de espionagem a favor da Indonésia (...)"

Mas no terreno misturava-se tudo: o MDLP era apoiado por um vasto leque de ex-agentes e oficiais da PIDE e da Legião Portuguesa(...)”

“(...) As relações com o CDS eram muito próximas, tal como com o PSD, por afinidades ideológicas, nessa altura já evidentes. (...)”

“A estrutura política do MDLP tinha, por assim dizer, três pólos.
Um primeiro gravitava à volta das movimentações de António Spínola, (...) Um segundo núcleo era constituído pelo grupo operacional que tinha um enorme peso nas decisões e que vivia sobretudo das movimentações de Alpoim Calvão. Por fim, os homens que formavam um grupo político encarregado de pensar o programa do movimento e definir passos estratégicos. (...)”

“MDLP assumia no seu programa que, "numa primeira fase", pretendia "enquadrar e apoiar o povo português na sua luta contra a implantação em Portugal de qualquer regime totalitário". Foi durante esta fase que a organização recorreu a todos os meios para encurralar o PCP numa investida que, no limite, poderia culminar na ilegalização deste partido. (...)”

em Publico.pt


Lista de atentados durante a revolução:

26/05/75 - Violência anticomunista. Ataque a sede do MDP em Bragança

03/06/75 - Atentados bombistas da direita, em Lisboa.

19/06/75 - Rebenta bomba junto da Igreja da Graça em Lisboa.

13/07/75 - Violência anticomunista. Começa a escalada de assalto a sedes de partidos de esquerda, com a destruição das sedes PCP e da FSP em Rio Maior.

21/07/75 - Assalto a sedes do PCP em Estarreja, Aveiro, Castelo Branco, Oliveira de Azemeis e Camanhã. Bomba destrói rádio-farol em Vilar Formoso. Destruída sede do MDP e sala da câmara em Matosinhos.

16/08/75 - Violência anticomunista. Boicote a comício do PCP em Alcobaça. Incidentes em Braga no fim de um comício do MRPP. Bombas contra sede do MES em Vila Nova de Gaia. Assalto a sede do PCP em Algoz.

26/08/75 - Assaltos em Leiria (MDP), Porto, na Areosa (PCP), Peniche (PCP) e bomba na FSP em Lisboa.

27/08/75 - Assaltos em Leiria (LCI e FEC) e Esmoriz (PCP)

31/08/75 - Assalto em Cinfães (MDP). Atentado bombista contra a Emissora Nacional na Madeira.

07/09/75 - Violência anticomunista. Bomba na Efacec em Matosinhos.

15/09/75 - Violência anticomunista. Explosões na Emissora Nacional da Guarda. Tentativa de assalto ao RCP de Miramar.

20/09/75 - Violência anticomunista. Bombas na Batalha

21/09/75 - Bomba na messe da Marinha em Cascais onde dormia Pinheiro de Azevedo

21/09/75 - Violência anticomunista. Bombas no Porto e em Leiria.

22/09/75 - Bomba contra sede do PCP na Marinha Grande

24/09/75 - Bomba contra sede do PCP em Vieira do Minho e na E. Nac. De Bragança

25/09/75 - Violência anticomunista/ Terrorismo de Direita. Bombas num automóvel em Monsanto. Morte de três elementos de um comando do ELP que tentavam fazer explodir antena da RTP.

09/10/75 - Atentado contra sindicalista em Montoito

09/10/75 - Bombas contra MDP e delegação do ministério da agricultura em Mirandela

10/10/75 - Atentado contra militante do PCP em Elvas

10/10/75 - Violência de Direita. Bombas em Lagos e Viana do Castelo

15/10/75 - Bomba contra militante do PCP em Fafe. No Porto contra sede da LCI. Em Elvas contra a Estação de Melhoramento de Plantas.

16/10/75 - Bomba em Alcácer do Sal contra instalações do ministério da agricultura

17/10/75 - Bomba anticomunista em Melgaço

18/10/75 Incendiada sede da UDP no Porto

21/10/75 - Bomba contra livraria comunista no Porto.

23/10/75 - - Violência anticomunista. Tiros em Lisboa contra viatura do RALIS

25/10/75 - Terrorismo de Direita/Violência anticomunista. Cinco bombas em Lisboa contra carros de militares de esquerda

25/10/75 - Violência anticomunista. Bomba contra a Editorial Inova do Porto

29/10/75 - Bombas contra militante do PCP no Porto.

30/10/75 - Bomba anticomunista em Mirandela

31/10/75 - Bombas anticomunistas em Fafe e Vila Nova de Famalicão

02/11/75 - Violência anticomunista. Bombas em Chaves, em Lisboa e na Madeira.

03/11/75 - Terrorismo de Direita. Bomba em Lisboa contra viatura da Academia Militar.

05/11/75 - Violência anticomunista. Petardos em águeda, évora, Gaia, Porto e no Comando Naval dos Açores. Bombas contra sindicalistas no Porto e em Beja

06/11/75 - Bomba contra militante comunista em Valpaços.

14/11/75 - Bombas no Porto contra a Intersindical, a UEC e o Rádio Clube Português.

16/11/75 - Bombas em Melgaço e Matosinhos.

17/11/75 - Violência de Direita. Bomba em Coimbra contra militante da LCI. Assalto ao munícipio de Alfândega da Fé.

18/11/75 - Terrorismo anticomunista. Bomba em Lisboa contra livraria do Diário de Notícias

27/11/75 - Bombas em Braga, Viana do Castelo e no Porto

30/11/75 - Bomba contra sede do PCP em Fafe

04/12/75 - Bomba contra sede do PCP em Vila Nova de Famalicão

23/12/75 - Bombas contra sedes do PCP em Freamunde e Póvoa do Varzim.

25/12/75 - Terrorismo anticomunista. Bomba contra livraria comunista em Vila Nova de Gaia.

02/01/76 - Rede bombista de direita. Assalto a centro de trabalho do PCP no Montijo. Começa a vaga de ataques da rede bombista de direita. Metralhada a livraria Vitor em Braga

07/01/76 - Rede bombista. Bomba na cooperativa árvores do Porto. Petardo no domicílio de militante do MDP na Póvoa do Varzim.

08/01/76 - Violência anticomunista. Petardo contra militante do PCP em Fafe. Bomba em carro de funcionário do IRA em Coruche. Bomba em Amarante contra autarca. Rajadas de metralhadora em Braga contra carro de turistas espanhóis

13/01/76 - Rebentam uma série de bombas contra militantes ou instalações ligadas aos comunistas em Rio Tinto, Porto e Monchique. Agredido militante do PS em Fátima

14/01/76 - Bombas em tabacaria e pastelaria no Porto

16/01/76 - Bombas em Montemor-o-Novo (contra PCP), Vila do Conde (sessão do MDP) e évora (sede do PS). Petardos contra navio soviético em Leixões. Incidentes em Esposende (bomba contra autarca). Petardos contra casas de militantes de esquerda em Fafe

17/01/76 - Terrorismo anticomunista. Bomba contra militante do MDP em Santo Tirso. Outras bombas em Viseu, Viana do Castelo e Olhalvo.

19/01/76 - Petardo contra casa de militante do PCP em Bragança.

20/01/76 - Bomba contra sede do MES em Faro.

21/01/76 - Bombas da Direita. Rebentamentos em Mértola, Santo Tirso, Porto, Arruda dos Vinhos, Seia, Gouveia, Braga, Lisboa, S. Martinho do Porto e Braga.

29/01/76 Incêndio destrói sedes do MES, UDP, FSP e FEC na Covilhã. Seis atentados em Braga.

30/01/76 - Violência de Direita. Comandos CODECO assaltam instalações da Standard Eléctrica em Cascais.

03/02/76 - Assalto a sede do PCP em Mirandela. O últimos dos centros comunistas ainda em funcionamento em Trás-os-Montes.

07/02/76 - Violência de direita. Bombas em Penalva do Castelo e Mangualde.

13/02/76 - Assalto a centro de trabalho do PCP em Mirandela.

15/02/76 - Assalto a centro de trabalho do PCP em Tortosendo.

12/03/76 - Dois elementos do PCP são espancados em Braga

15/03/76 - Granadas contra sede do PCP em Espinho.

03/04/76 - Morte do Padre Max da UDP na zona de Vila Real, por atentado bombista

29/04/76 - Suspensão do MDLP. Spínola, no Rio de Janeiro, suspende a actividade do MDLP.

em ISCSP

3 comentários:

Anónimo disse...

E ainda lhe querem erigir uma estátua, daçe!..

Anónimo disse...

Peço Asilo Político, Je demande Asile Politique, Ich verlange politisches Asyl, I ask for Political asylum
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Resistência Portuguesa Militar e Civil Anti Pide/D.G.S.E. -----

Liberdade, Democracia, Justiça, Imprensa, Direitos Humanitários. Sim.
Ditaduras, PIDE/D.G.S.E., Tortura, Fome, Corrupção. Não Obrigado.
Peço Asilo Político, Dinheiro, Doente e Invalido com Fome em Tribunal com Dívidas.
Enviar dinheiro para a Anti Pide/D.G.S.E..
Sr. Godinho --- Dornacherstrasse, 245 --- CH 4053 Basel --- Suisse. -----

Se não pode impôr a paz, pode convencer pelo exemplo. -----

Peço Asilo Político. -----

Donativos para a Resistência Portuguesa Militar e Civil Anti Pide/D.G.S.E..
Hilário Vicente Rosa Godinho --- Conta de Épargne UBS CHF --- Nº conta 233-691451.M1F --- Nº de cliente 233-691451 --- Iban CH21 0023 3233 691451M1F --- SWIFT Adresse (BIC): UBSWCHZH80A --- UBS AG --- Postfach, CH
4053 Basel --- Suisse. --- Ou ---
Sr. Godinho --- Dornacherstrasse, 245 --- CH 4053 Basel --- Suisse. ---
Telefone: 0041 765 450 994. Comuniquem na Imprensa Mundial. Eu falo Português, E também Francês. -----
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Résistance Portugaise Militaire et Civil Anti Pide/D.G.S.E. -----

Liberté, Démocratie, Justice, Presse, Droits Humanitaires. Oui.
Dictatures, PIDE/D.G.S.E., Torture, Faim, Corruption. Non Merci.
Je demande Asile Politique, l'argent, le malade et l'invalide avec la faim devant le tribunal avec des dettes.
Envoyer argent pour l'Anti Pide/D.G.S.E..
Mr. Godinho --- Dornacherstrasse, 245 --- CH 4053 Basel --- Suisse. -----

Si ne peut pas imposer la paix, peut convaincre par l'exemple. -----

Je demande Asile Politique. -----

Donations pour la Résistance Portugaise Militaire et Civil Anti Pide/D.G.S.E..
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Mr. Godinho --- Dornacherstrasse, 245 --- CH 4053 Basel --- Suisse. ---
Téléphone: 0041 765 450 994. Communiquent dans la Presse Mondiale. Je parle Portugais, Et aussi Français. -----
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Peço Asilo Político, Je demande Asile Politique, Ich verlange politisches Asyl, I ask for Political asylum
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Widerstand Portugiesisches Militärisches und Zivilist Anti Pide/D.G.S.E. -----

Freiheit, Demokratie, Justiz, die Presse, Humanitäre Rechte. Ja.
Diktaturen, PIDE/D.G.S.E., Tortur, Hunger, Bestechung. Nein Danke.
Ich verlange politisches Asyl, das Geld, Kranke und Invalide mit dem Hunger vor dem Gericht mit Schulden.
Senden Geld für Anti Pide/D.G.S.E..
Herr. Godinho --- Dornacherstrasse, 245 --- CH 4053 Basel --- Schweiz. -----

Wenn nicht aufdrängen kann der Frieden, kann durch das Beispiel überzeugen. -----

Ich verlange politisches Asyl. -----

Schenkungen für den Widerstand Portugiesisches Militärisches und Zivilist Anti Pide/D.G.S.E..
Hilário Vicente Rosa Godinho --- Compte d'Épargne UBS CHF --- N° des Kontos 233-691451.M1F --- Nº des Kunden 233-691451 --- IBAN: CH21 0023 3233 6914 51M1F --- SWIFT Adresse (BIC): UBSWCHZH80A --- UBS AG --- Postfach, CH 4053 Basel --- Schweiz. --- Oder ---
Herr. Godinho --- Dornacherstrasse, 245 --- CH 4053 Basel --- Schweiz. ---
Telefon: 0041 765 450 994. Teilen in der weltweiten Presse mit. Ich spreche Portugiesisch, Und auch Französisch. -----
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Peço Asilo Político, Je demande Asile Politique, Ich verlange politisches Asyl, I ask for Political asylum
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Resistance Portuguese Military and Civil Anti Pide/D.G.S.E. -----

Freedom, Democracy, Justice, The Press, Humane Rights. Yes.
Dictatorships, PIDE/D.G.S.E., Torture, Hunger, Corruption. Not Thank You.
I ask for Political asylum, Money, Sick and Invalid with Hunger in Court with Debts.
To send money for the Anti Pide/D.G.S.E..
Sir. Godinho --- Dornacherstrasse, 245 --- CH 4053 Basel --- Suisse. -----

If it can not impose peace, can convince by example. -----

I ask for Political asylum -----

Donations for the Resistance Portuguese Military and Civil Anti Pide/D.G.S.E..
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Sir. Godinho --- Dornacherstrasse, 245 --- CH 4053 Basel --- Suisse. ---
Telephone: 0041 765 450 994. Communicate in the World Press. speak Portuguese, And also French. -----

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Anónimo disse...

A Lista, não é a mesma que um livro das edições Avante! publicou. Agora não me lembro do nome mas Às de cruzar a informação!!!!