
cae en lisboa la tarde sin horas
melancólicamente para álvaro cunhal.
pero una doncella burla la vigilancia
con una bella paloma clandestina.
la paloma entiende la señal e canta
que la abran la jaula al tiempo.
la calle es tan bella, la calle portuguesa,
a pesar de que la comandan los carceleros.
dos horas para salir a la calle
con la palomita en la espalda
para el doctor álvaro cunhal.
la palomita canta que da gusto oirla.
la palomita levanta el puño
contra el carcelero y las cadenas...
y los caminos decididos responden en coro:
libertad y laureles para álvaro cunhal.
muchachas llenad la calle portuguesa
llevando la paloma en la espalda.
6 de septiembre de 1958
Sérgio Alves Moreira
3 comentários:
Relembremos Cunhal para tomarmos um exemplo de ontem como a devoção de hoje.
há que recorda-lo. não porque façamos o culto da personalidade mas porque recordamos os nossos heróis e o exemplo que deixaram. e ainda todo o conhecimento que nos deixaram. porque com toda a certeza ser-nos-á útil no presente e no futuro.
Esta fotografia é minha e você utilizou-a sem autorização. Isso é muito feio, caro blogger.
Eu teria dado a autorização se ma tivesse pedido. Ainda por cima a foto foi reenquadrada. Uma tristeza de actuação para quem se diz comunista.
Rui Calado Nogueira
Enviar um comentário