As tensões no Leste da Europa prosseguem. Para o alargamento da NATO naquela zona do globo, há que fomentar governos pró-Estados Unidos e pró-União Europeia. Mas quando os povos votam, segundo as regras da democracia burguesa, em forças políticas que contradizem a necessidade político-militar do imperialismo de ali intervir, acontece o inesperado. Ou o esperado. Geram-se protestos arquitectados a partir do Pentágono e de Bruxelas com o apoio de toda a máquina de propaganda dos media dominantes. É o que está a acontecer na Moldávia.
Dias antes do Partido Comunista da Moldávia (PCM) conquistar a vitória nas urnas de voto, a comunicação social portuguesa referia a situação política de um país cujo nome raramente ouvimos nos telejornais. Dizia-se então que havia uma forte possibilidade de viragem naquele país. Havia uma forte coligação pró-União Europeia com capacidade de derrotar as forças pró-russas.
Isso não aconteceu. O PCM venceu as eleições. A oposição reclamou fraude e milhares de pessoas invadiram o parlamento. No meio da destruição e do caos, saíam, a plenos pulmões, vivas à Roménia. Vários manifestantes levantavam bandeiras do país vizinho. Pouco depois, os governos da Moldávia e da Rússia acusavam a Roménia de ingerência nos assuntos internos de Chisinau.
A ser verdade, seria a repetição de um filme já vivido em muitos outros países. As "revoluções" made in USA resultaram na Ucrânia e na Geórgia. Na Bielorrússia, onde a classe trabalhadora soube manter várias características e direitos conquistados na União Soviética, a jogada imperialista foi derrotada. Contudo, a Moldávia situa-se, geograficamente, numa situação complexa. Encurralada entre a Ucrânia, a Leste, e a Roménia, a Oeste, adivinham-se tempos difíceis.
Dias antes do Partido Comunista da Moldávia (PCM) conquistar a vitória nas urnas de voto, a comunicação social portuguesa referia a situação política de um país cujo nome raramente ouvimos nos telejornais. Dizia-se então que havia uma forte possibilidade de viragem naquele país. Havia uma forte coligação pró-União Europeia com capacidade de derrotar as forças pró-russas.
Isso não aconteceu. O PCM venceu as eleições. A oposição reclamou fraude e milhares de pessoas invadiram o parlamento. No meio da destruição e do caos, saíam, a plenos pulmões, vivas à Roménia. Vários manifestantes levantavam bandeiras do país vizinho. Pouco depois, os governos da Moldávia e da Rússia acusavam a Roménia de ingerência nos assuntos internos de Chisinau.
A ser verdade, seria a repetição de um filme já vivido em muitos outros países. As "revoluções" made in USA resultaram na Ucrânia e na Geórgia. Na Bielorrússia, onde a classe trabalhadora soube manter várias características e direitos conquistados na União Soviética, a jogada imperialista foi derrotada. Contudo, a Moldávia situa-se, geograficamente, numa situação complexa. Encurralada entre a Ucrânia, a Leste, e a Roménia, a Oeste, adivinham-se tempos difíceis.
4 comentários:
Para quem não conhece a situação na Moldávia, o teu relato pareceria correcto. mas se pesquisarmos um bocadinho, facilmente descobriremos que o PCM é eleito pela 3ª vez, e que mantêm um postura pró-UE, ao mesmo tempo que tenta manter boas relações com a Rússia. Logo aí, a tal "teoria das revoluções coloridas made by CIA/UE" cai pela base. Isto nem entrar em linha de conta que existe uma região da Moldávia que pretende ser parte da Rússia, coisa que nem os comunistas moldavos aceitam. Sinceramente, a ladaínha das "revoluções coloridas" faz os comunistas parecerem uns bebés-chorões.
Naturalmente, como deves ter reparado não fiz qualquer análise política sobre o PCM. É certo que não mantém uma postura muito defensiva em relação à UE mas a sua postura não é a ideal, do ponto de vista dos "europeístas". A teoria não cai pela base, como dizes tu, porque a UE e os Estados Unidos necessitam de um governo que lhes dê segurança e em quem possam confiar.
Quanto à posição dos comunistas moldavos sobre a região da Moldávia que supostamente quer a integração na Rússia, parece-me correcta. É que para nós, comunistas, ser pró-russo não significa ser mais ou menos revolucionário. As alianças estratégicas com a Rússia só fazem sentido em determinados contextos. E a integração, naquele território, não faz qualquer sentido.
Vocês é que parecem uns bebés-chorões de cada vez que os povos decidem votar em opções que vocês não aceitam. É a vossa democracia.
Só é democracia quando são eles a ganhar. Quando os povos se cansam de todas as ilusões burguesas e votam em quem realmente defende os seus interesses, lá vêm eles com a ladaínha do costume. O importante é continuar a luta, porque muitas derrotas ainda virão até à vitória que ponha fim à besta capitalista e inaugure uma era socialista em direcção ao comunismo.
Bom post camarada!
Do primeiro comentário tenho que dizer que não está correcto, no seu todo. "Revoluções coloridas" como lhe chamam não é bem assim, não acuso ninguém, mas como nós costumamos dizer "onde há fumo, há fogo". A região que se fala para quem conhece um bocadinho da história pós revolução de 1917, também deixa algo a desejar. De momento não tenho muito tempo, mas ainda esta semana procurarei escrever um comentário a explicar estas discordâncias com o autor do primeiro comentário, não é que tenhalacunas no conhecimento da àrea, mas estou com defice de tempo livre.
"Até amanhã, camaradas"
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