[Claudia Schiffer num anúncio da Citröen]
Dantes, a imagem da mulher vendia automóveis nos anúncios publicitários
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"José Luis Rodríguez Zapatero confirmou o seu novo Governo, com uma maioria de mulheres nos ministérios. Nove contra oito homens. Trata-se 'do primeiro Governo da história onde há mais mulheres que homens', afirmou um orgulhoso Zapatero." El Mundo
Todos os direitos conquistados pelas mulheres foram-no através da luta de gerações e gerações de trabalhadores. Dos quais, a conquista da despenalização da interrupção voluntária da gravidez é apenas a vitória mais recente de uma longa batalha que há por travar. Na sociedade capitalista, não ter um pénis é a garantia, na maioria dos casos, de que se vai receber um salário inferior à média.
Contudo, agora há uma nova moda. A da paridade nos órgãos de soberania, nos quais se tenta igualar a participação de ambos os géneros. Através de um artificio, a burguesia tenta mascarar a sociedade. Não é através dessa receita que se vai melhorar a condição social, económica e laboral da mulheres trabalhadoras. Porque não é o género que dita a consciência política e social, por exemplo, dos deputados mas a classe social que defende.
O mesmo se passa em relação aos governantes. O facto de o Chile e de a Alemanha serem governados por mulheres não melhorou substancialmente a condição de vida das mulheres desses países. E não houve menos vítimas das políticas imperialistas dos Estados Unidos por Condoleeza Rice ter assumido a pasta do Departamento de Estado. Assim como um dos governos mais duros para a classe trabalhadora britânica, nas últimas décadas, foi o de Margaret Tatcher. Portanto, deve prevalecer a convicção de que o facto de o governo espanhol estar encabeçado por uma maioria de mulheres não quer dizer que isso reverta a favor de políticas com uma outra 'sensibilidade', como se gosta de afirmar. Não é por haver uma ministra da Defesa que o Estado espanhol vai abandonar o Afeganistão ou o Líbano.
Todos os direitos conquistados pelas mulheres foram-no através da luta de gerações e gerações de trabalhadores. Dos quais, a conquista da despenalização da interrupção voluntária da gravidez é apenas a vitória mais recente de uma longa batalha que há por travar. Na sociedade capitalista, não ter um pénis é a garantia, na maioria dos casos, de que se vai receber um salário inferior à média.
Contudo, agora há uma nova moda. A da paridade nos órgãos de soberania, nos quais se tenta igualar a participação de ambos os géneros. Através de um artificio, a burguesia tenta mascarar a sociedade. Não é através dessa receita que se vai melhorar a condição social, económica e laboral da mulheres trabalhadoras. Porque não é o género que dita a consciência política e social, por exemplo, dos deputados mas a classe social que defende.
O mesmo se passa em relação aos governantes. O facto de o Chile e de a Alemanha serem governados por mulheres não melhorou substancialmente a condição de vida das mulheres desses países. E não houve menos vítimas das políticas imperialistas dos Estados Unidos por Condoleeza Rice ter assumido a pasta do Departamento de Estado. Assim como um dos governos mais duros para a classe trabalhadora britânica, nas últimas décadas, foi o de Margaret Tatcher. Portanto, deve prevalecer a convicção de que o facto de o governo espanhol estar encabeçado por uma maioria de mulheres não quer dizer que isso reverta a favor de políticas com uma outra 'sensibilidade', como se gosta de afirmar. Não é por haver uma ministra da Defesa que o Estado espanhol vai abandonar o Afeganistão ou o Líbano.
3 comentários:
Façam como dizem os islâmicos, ponham as mulheres em casa com a burqa por cima. Se os países ocidentais não põem mulheres no governo, é porque não põem. Se põem, é porque põem. No entanto os governos comunistas dos países agora ex-comunistas eram conhecidos por não passarem cartão a essa ideia de mulheres no governo. Esquisito, não é?
Os comunistas querem governos dos trabalhadores. Não querem governos dos patrões, sejam eles dirigidos por homens ou mulheres. A discriminação de género combate-se da base para o topo e não ao contrário.
"Os comunistas querem governos dos trabalhadores. Não querem governos dos patrões, sejam eles dirigidos por homens ou mulheres. A discriminação de género combate-se da base para o topo e não ao contrário."
Pergunte-se a si, se o Estado desmantela algum sexismo que tenha causas culturais e não causas assentes no processo produtivo. E depois pergunte-se se esses papeis de género não têm também repercussões na discriminação das mulheres nos locais de trabalho.
"A da paridade nos órgãos de soberania, nos quais se tenta igualar a participação de ambos os géneros. Através de um artificio, a burguesia tenta mascarar a sociedade."
Respondidas às questões, temos então que saber se esta discriminação positiva terá ou não impacto nas oportunidades das mulheres, e já agora explicar porquê. Eis um estudo sobre o caso sueco que mostra o sucesso destas engenharias.
Em suma, não se pode criticar uma política apenas porque não foi feita pelos "nossos".
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