"[...] Creio que foi por essa altura que resolveram dar uma existência organizada à luta contra a injustiça. Quando imprimiram o meu nome nos jornais produzidos na velha tipografia escondida dos olhos da polícia, a realidade endureceu. Vieram as greves e as manifestações. Vieram as prisões e as torturas. As mães dos operários encheram os cemitérios ao Domingo. Como um grito vermelho na noite escura, os cravos resistiam nos seus fatos enlutados. Muitos tombaram por não revelarem o meu nome. “Filho da puta comunista!”, saía dos peitos encharcados de ódio dos carcereiros. Depois a tortura do sono até à exaustão. O cavalo-marinho. As beatas apagadas nos mamilos. Os eléctrodos nos genitais. A asfixia por afogamento na banheira. [...]"
no novo blogue Palavras Resistentes
Lê e divulga. Passa a outro e não ao mesmo.
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