A ofensiva golpista prossegue. Agora, os deputados que apoiam o governo fascista de Micheletti aprovaram o Estado de Sítio. Naturalmente, não o denominam assim. Sob a mesma fachada democrática com que tentaram mascarar o golpe de Estado tentam agora justificar a restrição de direitos e liberdades. Para além do ataque ao direito de reunião, associação, manifestação e circulação, a polícia pode agora violar o domicílio sem qualquer aprovação judicial. É suspensão das garantias constitucionais por um governo que diz não ter cometido qualquer golpe.
Nas ruas, o povo desafia os golpistas. Com grande coragem, podemos vê-los manifestar-se por todo o país através da Telesur porque a comunicação social hondurenha continua sob a censura apertada dos gorilas de Micheletti. Enfrentam a repressão e a brutalidade porque sabem que o governo de Manuel Zelaya foi o único que teve preocupações com as aspirações da classe trabalhadora. O legítimo presidente das Honduras não é comunista, nem sequer socialista, mas tomou corajosas decisões que provocaram a fúria de uma oligarquia habituada a concentrar em si todo o poder político e económico.
Entretanto, o mundo aperta o cerco. Não há um só Estado que apoie o golpe de Estado. E se isso acontece muito se deve à unidade e ao reforço da esquerda na América Latina. Noutras circunstâncias, provavelmente, os Estados Unidos e a União Europeia não condenariam o golpe como não fizeram há sete anos com a Venezuela. Contudo, isto não quer dizer que a CIA não esteja envolvida no que se passa nas Honduras. Mesmo dentro do governo norte-americano já ouvimos declarações ambíguas como as que proferiu Hillary Clinton apelando à conciliação entre golpistas e constitucionais. E entre os neo-conservadores há um claro apoio à acção da oligarquia hondurenha. Um apoio que na Europa é protagonizado por José Maria Aznar.
Em Portugal, há um silêncio ensurdecedor sobre o assunto. Sinceramente, não sei se o Bloco de Esquerda tomou alguma posição mas até agora só assistimos à condenação clara do golpe de Estado por parte do PCP. Do governo, naturalmente, nem uma palavra. O ministro português dos Negócios Estrangeiros mais ocupado em bajular os Estados Unidos e em apoiar a ofensiva contra o povo afegão não se referiu uma única vez às Honduras e José Sócrates nem aproveitou o seu novo perfil de comiseração para condenar o golpe e solidarizar-se com a democracia.
Nas ruas, o povo desafia os golpistas. Com grande coragem, podemos vê-los manifestar-se por todo o país através da Telesur porque a comunicação social hondurenha continua sob a censura apertada dos gorilas de Micheletti. Enfrentam a repressão e a brutalidade porque sabem que o governo de Manuel Zelaya foi o único que teve preocupações com as aspirações da classe trabalhadora. O legítimo presidente das Honduras não é comunista, nem sequer socialista, mas tomou corajosas decisões que provocaram a fúria de uma oligarquia habituada a concentrar em si todo o poder político e económico.
Entretanto, o mundo aperta o cerco. Não há um só Estado que apoie o golpe de Estado. E se isso acontece muito se deve à unidade e ao reforço da esquerda na América Latina. Noutras circunstâncias, provavelmente, os Estados Unidos e a União Europeia não condenariam o golpe como não fizeram há sete anos com a Venezuela. Contudo, isto não quer dizer que a CIA não esteja envolvida no que se passa nas Honduras. Mesmo dentro do governo norte-americano já ouvimos declarações ambíguas como as que proferiu Hillary Clinton apelando à conciliação entre golpistas e constitucionais. E entre os neo-conservadores há um claro apoio à acção da oligarquia hondurenha. Um apoio que na Europa é protagonizado por José Maria Aznar.
Em Portugal, há um silêncio ensurdecedor sobre o assunto. Sinceramente, não sei se o Bloco de Esquerda tomou alguma posição mas até agora só assistimos à condenação clara do golpe de Estado por parte do PCP. Do governo, naturalmente, nem uma palavra. O ministro português dos Negócios Estrangeiros mais ocupado em bajular os Estados Unidos e em apoiar a ofensiva contra o povo afegão não se referiu uma única vez às Honduras e José Sócrates nem aproveitou o seu novo perfil de comiseração para condenar o golpe e solidarizar-se com a democracia.
3 comentários:
QUEM MANDA EFECTIVAMENTE NAS HONDURAS são os grupos oligarquicos do poder económico do país, monopolizado por apenas 13 famílias, como por exemplo os Kafati, Ferrari, Facuse, Villedas, Larach, Rosental, entre outros. Esse grupo de poder mantém sequestradas todas as instituições do Estado e, inclusive, têm ás suas ordens a Corte Suprema de Justiça e o Congresso Nacional da República. Para que se veja, a Justiça OLIGARQUICA emitiu 25 ordens de captura e e prisão para os principais líderes populares, entre eles, Rafael Alegría, Carlos H. Reyes, Berta Oliva, Juan Barahona e Andrés Pavón.Tudo pessoas que representam o Povo Hondurenho e que lutam contra a implantação do fascismo. Pela Lei de Participação Cidadã aprovada no congresso é legal o referendo para solicitar uma assembleia constituinte.O Fascista Micheletti nem conseguiu ser eleito, o candidato do seu partido para as próximas eleições.O Povo resiste e está prevista para sábado uma mega-manifestação anti-golpe.FASCISMO NUNCA MAIS!
Era lógico o PCP intervir sobre este assunto, porque é uma grave injustiça cometida neste mundo contra o povo das Honduras. Quanto ao Bloco de Esquerda, agora na sua nova versão "politicamente correcta" devem aguardar pela reacção da comunicação social. Como a comunicação social não reage, nada vão dizer, porque seguem uma política demarcada do PCP. Estão na política por puro oportunismo.
Felizmente o Bloco de Esquerda também se pronunciou contra o Golpe de Estado - ao contrário da sua tradicional posição neutral em relação à Revolução Bolivariana desta vez fez o que devia.
Passo a citar:
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=12597&Itemid=26
Depois da Organização de Estados Americanos ter ameaçado suspender as Honduras da organização caso o presidente Zelaya Rosales não regresse ao poder em 72 horas, a União Europeia mandou retirar os seus embaixadores do país. Por iniciativa do Bloco, o parlamento português discutirá esta sexta um voto de condenação do golpe.
Na proposta bloquista, a Assembleia da República "condena vivamente o golpe de estado nas Honduras e associa-se à exigência da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o regresso imediato do presidente às funções para o qual foi democraticamente eleito". O voto de condenação do golpe sublinha igualmente a vontade do parlamento nacional no "apoio aos esforços de todas as organizações internacionais e da opinião pública democrática hondurenha para garantir a reposição da legalidade democrática nas Honduras".
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