
domingo, 15 de agosto de 2010
Paredes que gritam

terça-feira, 10 de agosto de 2010
E as Honduras?
Agente del Ejército hondureño desenmascarado en asamblea de miles de maestros from Dick & Mirian Emanuelsson on Vimeo.
domingo, 8 de agosto de 2010
Dias Lourenço, a luta continua!
sábado, 7 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Vergonhosa decisão da ONU
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Um dos principais jornalistas espanhóis assume que vivemos numa ditadura
domingo, 18 de julho de 2010
KKE, um farol na luta contra a ofensiva do capital
Também somos Mandela!
Colômbia volta a provocar a Venezuela
segunda-feira, 12 de julho de 2010
A hipocrisia sobre os "presos políticos cubanos"
domingo, 11 de julho de 2010
O capitalismo não tem pátria
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Dante di Nanni, sempre!

domingo, 27 de junho de 2010
Prestes: 'O operário sozinho não vale nada'
terça-feira, 22 de junho de 2010
O fairplay estalinista
sábado, 19 de junho de 2010
Alfarrabistas, os depositários da literatura de Abril
domingo, 6 de junho de 2010
Oportunismo de Fernando Nobre
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Colômbia, Israel da América Latina
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Israel, Estado terrorista
domingo, 30 de maio de 2010
Mentiras sobre os 300 mil na manifestação
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Amanhã? Pois, claro!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Solidariedade com Garzón? Não!
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Eina (ex-Inadaptats) em Lisboa
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Os tempos são de combate
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Manifestação histórica em Atenas
domingo, 16 de maio de 2010
Nunca de joelhos, sempre de pé!

25 de Abril e 1º de Maio
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Manipulação e meios de comunicação
segunda-feira, 22 de março de 2010
Pouca-vergonha!
domingo, 21 de março de 2010
Documentário sobre o bairro 23 de Enero, Caracas
Fuegos Bajo el Agua: primera parte (1/2) from la letra r on Vimeo.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Documentário das FARC-EP
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
A revolução não será televisionada
Portugal está subterrado por escândalos. E como a excepção passou a norma, parece que ficámos anestesiados.
Dantes, o capital português resguardava-se mais. Havia algum recato. O processo contra-revolucionário amadurecia e o trabalho contra as conquistas de Abril começava a dar os seus frutos. O Partido Socialista implementava o seu “socialismo democrático” e o Partido Social-Democrata conduzia Portugal rumo à consigna “paz, pão, povo e liberdade”. Então, em nome do mercado livre, privatizou-se. E entre os mais violentos golpes desferidos, a comunicação social foi das primeiras a cair. Primeiro, jornais, revistas e rádios foram entregues de bandeja à iniciativa privada. Depois, os abutres conduziram as pequenas empresas à asfixia económica e construíram os seus impérios mediáticos.
Comecemos por baixo. Na base da cadeia alimentar, encontram-se os jornalistas estagiários. Por norma, recebem subsídio de alimentação e de transporte. Nada mais. Sujeitam-se a todo o tipo de trabalho. Nem sequer podem assinar as suas peças e tudo o que fazem pode ser alterado pelo editor. Há redacções que quase só funcionam com estagiários. São os mais vulneráveis. Querem um contrato de trabalho e, naturalmente, são facilmente manipuláveis. Depois, temos os jornalistas. A larga maioria tem um contrato precário. Ou seja, nunca sabem se estarão mais do que seis meses ou um ano naquela redacção. Estão altamente condicionados por esse facto. Há os que estão efectivos na empresa mas que se ousarem contestar as decisões editoriais serão “emprateleirados”. Ou seja, serão enviados para áreas onde não possam fazer grande mossa. Mais acima, estão os editores. Têm grande poder porque, efectivamente, são eles que aplicam as directrizes. Como qualquer capataz, podem ser objecto de grande ódio. Os directores estão lá longe, mais perto dos proprietários do órgão de comunicação social. Não se sujam.
É ali que se fabrica a realidade. Debaixo das nuvens de tabaco, em muitos casos, pesa a consciência dos jornalistas. Infelizmente, nem sempre. Pelo que se omitiu, pelo que se manipulou, pelo que se mentiu. E como, para a maioria das pessoas, o que passa nos media é o que realmente aconteceu, então, nada mais aconteceu. Tudo o resto vai para o cemitério de acontecimentos inverosímeis. Porque se tivesse acontecido teria passado no telejornal. Por isso, em 1971, Gil Scott-Heron cantava pelos bairros negros que a revolução não seria televisionada. Seria ao vivo. E o poder político e económico sabe disso. No outro dia, entre a lavagem de roupa suja, o director do semanário Sol - que tem estado a publicar escutas policiais que incriminam o primeiro-ministro português - afirmava que José Sócrates lhe havia dito que “tentar comprar jornalistas é um disparate, porque a melhor forma de controlar a imprensa é controlar os patrões”.
Esqueceu-se Sócrates de lhe dizer que ele próprio é a voz dos patrões. Ou pelo menos de alguns. Porque a imagem cândida de directores e editores escandalizados com as tentativas de controlo da comunicação social por parte do governo português são de quem perdeu qualquer vergonha. Com ou sem tentativas de controlo, os media sempre estiveram condicionados pelos que agora simulam espanto. Eles, em nomes dos patrões, ordenaram aos jornalistas a omissão, a manipulação e a mentira. Para esconder os reais problemas do país e as respostas válidas que se apresentam. Portanto, todos estes escândalos relacionados com a comunicação social não têm a ver com qualquer preocupação com a liberdade e a democracia. Têm antes a ver com jogos de bastidores, onde o Partido Socialista e o Partido Social-Democrata se degladeiam como representantes directos do capital.
Daí, há a necessidade de expandir os meios alternativos. É imperativo criar formas de romper com o bloqueio informativo. Há 79 anos, nascia o «Avante!», Orgão Central do Partido Comunista Português. Nas condições mais adversas, aquela organização conseguiu levar a voz dos sem voz a milhares de trabalhadores. Foi o jornal comunista que, no mundo, mais tempo conseguiu estar sendo publicado de forma clandestina. Hoje, a comunicação social chega mais longe e, por isso, os efeitos de estar controlada pelos que dominam o poder económico e político são muito mais graves. Como dizia, e bem, Malcolm X, “se não andarem prevenidos, os meios de comunicação leva-los-ão a odiar os oprimidos e a amar os opressores”.